sábado, 21 de maio de 2011

Quimicos explicam sons do violino mais conhecido do mundo §*-*§

A química é a chave do som especial que emana do violino fabricado no século XVIII pelo italiano Antonio Stradivari, revela a mais recente edição da revista científica britânica ‘Nature’.

   
   
Entre as várias hipóteses esgrimidas para explicar o peculiar som do instrumento constava uma, segundo a qual um esmalte especial teria sido empregue no seu fabrico.

Outra hipótese avançada indicava que a luz solar nos séculos XVII e XVIII era menor, pelo que as árvores cresciam menos e a sua madeira era mais densa, o que lhe facultava propriedades acústicas superiores.

O estudo, realizado por peritos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, aponta para que a madeira usada nesses violinos tenha sido objecto de um tratamento químico de modo a preservar as características do som. A oxidação e a hidrólise (reacção química que envolve a água) terão sido os métodos aplicados.

A investigação revela ainda que o mesmo tratamento químico foi aplicado aos violinos fabricados pela família Guarneri, de Cremona (Itália), que são considerados quase tão valiosos como os Stradivarius.

Para chegarem às suas conclusões, os investigadores norte-americanos recorreram a lascas de madeira retiradas de cinco instrumentos que estavam a ser reparados.

Foram eles um violino Stradivarius de 1717, um violoncelo Stradivarius de 1731, um violino Guarnerius de 1741, um outro fabricado em Paris, na década de 1840, por Gand-Bernardel e uma viola executada por Henry Jay, em 1769, em Londres. A comparação entre os cinco instrumentos musicais, feita através de espectroscopia por infravermelhos e ressonância magnética nuclear, mostrou que, no fabrico daqueles violinos, haviam sido empregues tratamentos químicos, algo que não se registara nos instrumentos procedentes de Paris e Londres.

O célebre violoncelista russo Rostropovich toca um Stradivarius.     

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